terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ano novo? Foda-se...

"Feliz ano novo."
   "Muitas felicidades, paz, amor e realizações..."
   À merda com tudo isso, falsidade hipócrita de um povo doente que se deixa moldar pelos costumes mal acostumados de uma mídia manipuladora e descarada.
   O povo imbecil se deixa assediar por esses costumes que perdem o sentido quando expostos a um mínimo questionamento.
   O que faz o dia 31/12 diferente dos outros dias do ano?
   Nada!
   Qual o sentido dessa histeria coletiva que toma conta das pessoas neste dia?
   Nenhum!
   Seria o nosso calendário o responsável pelas mudanças nas nossas vidas?
   Obviamente não!
   Teria alguma finalidade essa falsa alegria, essas falsas palavras, esses falsos desejos embriagados pelo veneno que se dissemina no mundo e adoece o coração das pessoas?
   Claro que sim!
   A finalidade é manter-nos escravizados, é ditar-nos falsos valores aos quais devemos nos curvar, é comandar a nossa vida.
   O que tudo isso significa?
  Significa que depois de um ano inteiro de escravidão temos o direito de nos escravizar ainda mais.
  Significa que podemos fazer de conta que estamos confraternizando com as pessoas.
  Significa que o reveillon é o único dia em que tudo pode mudar, depois disso, só no próximo ano.
  Significa que somos idiotas, que nossos valores não valem nada, que nosso conceito de mundo é doentio.
  E depois que tudo passa, voltamos às nossas vidinhas miseráveis e medíocres. A mesma merda de antes.
  Mas e o ano novo?
  E as mudanças?
  E todas as coisas boas que esse ano traria?
  Todo o entorpecimento ao qual fomos submetidos nos impede de ver que fomos enganados, mais uma vez!
   Descobrimos aos poucos que nada mudou.
   O calendário não tem o poder de mudar algo que não seja a contagem dos dias na nossa perspectiva.
   Somos nós que devemos mudar as nossas vidas, independente do dia, do ano.
   Pra começar, são muito poucos os anos da nossa vida, devemos dividí-la em dias.
   Todos os dias, pra não falar em horas, minutos e segundos, trazem consigo a potencialidade de mudanças, quaisquer que sejam.
   Não gastemos as nossas vidas comemorando, uma vez por ano, o nada.
   Hoje, 01/01/2011, vamos brindar ao sol que hoje se vai, mas que amanhã certamente voltará, sempre.
   E amanhã, quando abrirmos os olhos, lembremos que mais um dia nos é dado, e que nele cabem todas as nossas realizações.
   Carpe Diem

Justiça bem vestida

Ontem fui ao fórum cível de Curitiba e me deparei com uma situação no mínimo inusitada, que me deixou puto. Ao adentrar o prédio o segurança me informou que eu não poderia subir pois estava de bermuda, o que é proibido.
Como não era assunto meu, estava apenas acompanhando outra pessoa, esperei então no lado de fora, onde percebi então, fixado no vidro, um papel com os seguintes dizeres:

"Usando das atribuições que lhe são conferidas pelo código de organização e divisão judiciárias do estado, bem como pelo item 1.6.14, incisos IV e V do código de normas da corregedoria geral da justiça resolve

PROIBIR

O acesso às dependências deste fórum cível de pessoas trajando roupas esportivas, quais sejam: BERMUDAS, CAMISETAS REGATAS, CAMISETAS DE TIME DE FUTEBOL, OU DEMAIS TRAJES (COLARINHO BRANCO???) que se mostrem incompatíveis com a dignidade (grifo meu) do ambiente judicial.


Fiquei me perguntando, "e onde fica o direito de ir e vir?" Pois apesar de ser leigo no assunto sei que ele existe (ao menos na teoria). Pois estes mesmos cidadãos que comparecem a tal antro da justiça de bermuda e/ou regata, são os mesmos que, redundantemente, PAGAM as mordomias destes outros que, ao invés de trabalhar por uma justiça mais justa e rápida, se esforçam para afastar esta do público para o qual deveria trabalhar. Quanto à tal dignidade citada, é de conhecimento público, e portanto desnecessário citar exemplos, que é discutível, a não ser que exista uma outra modalidade de dignidade que difere do conceito comum, onde todos deveriam ser tratados com igualdade perante a justiça.
Então, enquanto esperava do lado de fora da justiça, eis que sai do prédio uma senhorita, vestida de acordo com o dia quente que fazia, com um micro vestido e um super decote, os quais causaram alvoroço até mesmo entre os seguranças do prédio, que, interrogados por mim se aquela moça teria então o direito de comparecer perante a presença dos excelentíssimos todo poderosos juízes, me responderam que sim.
A justiça realmente é cega, quando lhe convém.

Era uma vez...a moral.


A moral vigente é a moral da decadência, segundo Nietzsche, pois esta moral afasta o homem de tudo que é natural, afastando-o, consequentemente, da fonte.
A sexualidade doentia, verificada atualmente, nada mais é do que o estímulo sexual acumulado devido à moral atual, que condena o sexo, tornando o homem não um animal, como dizem, mas um perturbado, pois se fosse animal agiria naturalmente, como é do costume dos mesmos.
A igreja afastou o homem de Deus, rebaixando-O a um deus miserável e vingativo, que condena os desobedientes (ao padre), e recompensa aqueles que, acreditando somente no amanhã (que nunca chega), negam a vida, a felicidade, a alegria e o prazer, que são tidos como sinônimos de pecado. A esses miseráveis (que são também responsáveis por misérias alheias), está reservada a felicidade eterna, como se o presente não fizesse parte da eternidade. Estes doentes, além de abrirem mão de tudo que é “pecado” (mas que pode ser usufruído por padres e ricos), ainda subvertem a verdade, espalhando a sua imundice por todos os lados, cheios de boas (e segundas) intenções, falando em nome de “deus”, e disseminando a doença no mundo. O homem nasce da mãe natureza, e a nega, em nome de uma invenção. Não estou aqui discutindo espiritualidade, mas a crença na mesma não justifica de modo nenhum a negação da vida, pois se aqui estamos é por algum motivo. O que é nocivo é o modelo de homem criado convenientemente de modo a manter o homem doente. Quem pode provar que a matéria não é, em conjunto com o espírito, parte constituinte do todo? Por que  a matéria é sinônimo de pecado? O que é observável é que esta matéria, este humano forjado pela cruz, é que é um “pecado”, pois destoa de tudo aquilo que se diz ser a obra de Deus, acreditando ser superior. 
Somos fruto da árvore da vida, estamos vivos para viver. Que não se confunda essa "sede de viver" com ganância, pois é um absurdo para o bom senso. Amemos a vida, pois é apenas ela que existe. Nada mais.